Comandante Geral da PM visita mestre Apolônio ícone da cultura Maranhense

destO comandante-geral da PMMA, coronel Franklin Pachêco, acompanhado do coronel Iratan, subchefe do Estado Maior da Corporação, realizaram na manhã de quarta-feira, 31, uma visita de cortesia ao ícone da cultura maranhense, mestre Apolônio Melônio. A visita ocorreu na residência do mestre Apolônio no Bairro da Floresta, em São Luís.

Durante a visita o coronel Franklin parabenizou o mestre Apolônio pela sua história de vida dedicada a cultura maranhense e brasileira destacando seu reconhecimento e homenagens nacionais como a medalha de Ordem do Mérito Cultural maior honraria do governo federal concedida aos artistas brasileiros recebida no mês de novembro de 2011, em Recife, Pernambuco.

Na oportunidade os dois puderam conversar sobre cultura, bumba-meu-boi, toadas e futebol. Apolônio levou pessoalmente o coronel Franklin para conhecer o barracão onde são fabricados os bois e as indumentárias. Mostrou também as salas do Projeto Floresta Criativa onde são desenvolvidos os trabalhas sociais (inclusão digital e leitura) para as crianças da comunidade. Cantou toadas e contou várias histórias dos seus 94 anos de existência.

Por fim, o mestre entregou ao coronel um DVD dos 40 anos do bumba-meu-boi da Floresta, na qual é o presidente e agradeceu imensamente a visita do coronel Franklin e sua comitiva e disse “que se sentia honrado por estar conhecendo pessoalmente um excelente gestor público e grande compositor da cultura maranhense”. Finalizou Apolônio.

HISTÓRICO DO MESTRE APOLÔNIO
Mestre Apolônio começou a brincar em grupos de bumba-meu-boi ainda criança, na região da Baixada Ocidental Maranhense. Foi no povoado Teles, em 1926, nos limites do município de São João Batista, que, aos oito anos, deu os primeiros passos com o bumba-meu-boi Rabanete.

Em 1946, já em São Luís, fundou o Boi de Viana, no qual permaneceu até 1959. Ano seguinte, com os companheiros Coxinho, Cobrinha, Lucílio e Domingos Melônio, criou o Boi de Pindaré, que deu origem a alguns dos mais importantes grupos de sotaque da Baixada.

Em 1972 deixou o Pindaré para trás e fundou o Bumba-meu-boi da Floresta, que, com o passador do tempo, tomou o nome de Boi de Apolônio.

Em 2007, o Ministério da Cultura reconheceu a importância de Mestre Apolônio para a arte popular maranhense e brasileira, escolhendo-o como um dos selecionados no Prêmio Culturas Populares – Mestre Duda 100 Anos de Frevo. O valor do prêmio foi revertido para o tratamento de saúde do mestre que sofre de polineurite – doença que causa dores, inflamações e alterações sensoriais nas mãos e nos pés.01

Em 2007, o Boi da Floresta desenvolveu um projeto social composto por três oficinas destinadas à comunidade. Ofereceu, durante um ano, cursos de caretas de cazumbá – máscaras usadas nas apresentações dos bois –, bordado tradicional e produção de indumentárias. Hoje desenvolve trabalhos sociais voltados para a comunidade como inclusão digital e leitura com o Projeto Floresta Criativa.

Em novembro de 2011, na cidade de Recife, Pernambuco, o mestre da Cultura Popular  Apolônio recebeu a Ordem do Mérito Cultural a maior honraria do governo federal concedida aos artistas brasileiros.

Mestre Apolônio dedica-se também ao tambor de crioula: “Quando termina a matança do boi, tem o tambor de crioula em homenagem a São Benedito. Eu sempre botava outro tambor, então resolvi criar o meu e, graças a Deus, deu certo”.